Bring Forth the Tides of Night - Andy Kehoe |
Garoava um hálito amedrontado de clarividência. Entendia aquilo que por anos não quisera e inventava um jeito impróprio de revolvê-lo das inverdades da convivência. Seu íntimo de pureza contrastava com a palidez azulada do descontentamento dos outros e lhe encantava o fato de ouvir o canto amarelo das línguas afugentadas pelo futuro. Com a cabeça no pretérito menos que imperfeito, rabiscava sons joviais na medievalidade de suas conquistas e, assim, flanava na arte da existência como um barulho de misericórdia unindo uvas vermelhas aos sentimento de pesar. Vestida de inverno e exalando matemáticas, abrigava no pólen de suas visceralidades uma resolução de estrelas esquecidas e amadas, capazes de implodir e absorver nenhuma prudência ainda cometida. Vivia para clamar as aves da ignorância, tão metafísicas quanto a certeza das realidades. Se cansou no meio do caminho do meio e arvorou-se nos universos finitos do contentamento. Subiu aos infernos de normalidade amparada no roxo-alaranjado de uma madrugada, guiada por aqueles a quem não queria mal. Dormia livremente na rotina do acaso...
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